quarta-feira, 18 de maio de 2016

Duzentos e cinquenta e sete

Eu nunca fui boa em terminar ciclos, em me despedir de gente, de namoradas (os), de objetos com valores minimamente sentimentais, de empregos, de rotinas... As coisas estão lá, podres, mas sou daquelas que está pensando que "nunca mais verei isso".

Talvez por isso sinta, sempre, que as coisas, pessoas e situações foram arrancadas de minha vida... Ainda sabendo que não foi do nada, ainda sabendo que estava para acabar, sinto sempre que não estava preparada,sempre a lembrando mais das coisas boas que das ruins e sendo meio nostálgica.

E nessa está esse blog aqui parado, me trazendo coisas ruins, me lembrando que vai ver é hora de tirá-lo de vista logo.

Mas aí lembro que é meu cantinho, que não adianta se livrar dele, já que meu cérebro é TÃO hábil em me lembrar do que não me interessa lembrar.

Só que anda difícil saber quem sou eu por esses dias, e jogar fora minhas próprias palavras certamente não ajuda muito, ainda que não me reconheça em nenhum texto,nenhum pensamento.

Além de carregar essa merda de mala pesada, cheia de roupas que não me servem mais, tem  culpa. A culpa de TER que escrever e nunca ter uma situação certa para isso, ou não querer ter, enfim.

Daí que ou excluo essa merda ou volto a escrever de vez, não deve ser tão difícil, né?

Já que a vontade segue aqui.



Outra alternativa é um outro endereço, e tal. Algo totalmente novo, mesmo. Mas não dá na mesma.

Aliás, escrever ou não, tanto faz.

O vazio no peito segue, essa infelicidade segue, por mais que se tente esconder.
Seguem esses pensamentos DOIDOS que gostaria muito de entender de onde vem e pq. (Freud?)
Gostaria de olhar para trás e entender um pouco as coisas, botar meus pingos nos is para tentar entender quem sou AGORA, para aí parar de escrever esse caminho mal escrito e um dia poder olhar para trás e (ao contrário de hoje) ver tudo menos caótico.

Olhando para mim ninguém diz muito. Devo, imagino, parecer pacata e bem menos caótica que antes. Mas sou só eu aprendendo a viver, mais que nunca, dentro de mim mesma, onde posso pensar e ser quem fui sou.

(quando se descobre isso é bárbaro. Ninguém lê, ninguém vê, ninguém pertuba ou desconfia.)

Se a realidade é o que vivo por fora ou o que vivo por dentro, sei lá.
Mas arrumei um jeito de seguir... e sigo.

Sigo,sim.





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