segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Duzentos e sessenta e dois

As pessoas seguem te ofendendo pq você segue permitindo.
Você se decepciona pq perdoa, pq acha que não mais se repetirá.

Perca essas esperanças e verá que acabou a decepção.

Pq você não pode se decepcionar se já aceitou que nada diferente de dor vem daquela pessoa.

É triste, mas ...

Chorei, sim... não entendi o motivo da agressão.

Depois caguei vi que não importa o motivo.

Importa pq me deixo atingir, pq choro como se aquilo dito fosse realmente um ponto fraco meu.

Não é.

Assim sendo, sacudo a poeira e não permito mais que quem não me importa me atinja, me fira.




De onde nada se espera, não vem decepção. 

Veja bem se não anda jogando suas sementes nas pedras.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Duzentos e Sessenta e um

Eu me sinto só todos os dias. Na maioria deles já tô acostumada.
Mesmo quando é meu aniversário.

Mas de repente, em alguns dias, eu queria alguém que me procurasse para saber de mim, gostaria de escutar conselhos, não elaborá-los.

Gostaria de ser especial um dia que fosse.


quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Duzentos e sessenta

Hoje sonhei com a Li. Amiga das antigas, de quando os anos começavam ainda com 19.
Estávamos no casamento da Dani Calabresa (!!!), lembro que serviram salsicha e olhamos uma para outra com cara de muxoxo pq não comemos carne.
Ela não me dava muita boa causadeque até em sonho nossa relação é zoada, e eu ficava lá meio pelos cantos na sofrência (hahahah).
Tinha de lembrancinha para as meninas uns colares dourados que ela (a noiva) tinha comprado as pressas pq a lembrancinha original cagou.
(A etiqueta dizia que tinha custado R$ 25)
Eu encontrava umas pessoas aleatórias da escola, e era legal, mas o sonho como um todo me fez acordar com um sentimento estranho de ter visto as pessoas e ao mesmo tempo ficar com saudade de um modo que há tempos eu não sentia.

"Agora pega esse sonho manda para sua amiga, imbecil"

Para que? Só fica pior.
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Dia 15 tem a formatura do meu primo, aquele que vi nascer quando já tinha 15 anos e que por um tempo achei que ia ser tipo o irmão que nunca tive, já que minha tia sempre foi mais que tia.
Depois minha tia tratou de nos afastar e depois de transformar o menino em alguém que eu jamais gostaria de ter por perto, tvz até mesmo alguém pior que ela.

Pois bem, dia 15 ele se forma no Colegial (sou véia, me deixa) e minha mãe vai. Eu não, ninguém chamou.
Não chamaram pq sabem que não vou, claro.
Mas ninguém chamou.

Por um breve instante pensei em como seria estar lá, eu e minha câmera de repente.
Pensei depois em escrever algo para ele através de minha mãe.

Depois me toquei que esse moleque não faz ideia de quem eu seja, já que tem bem uns 10 anos que não convivo com ele de maneira próxima.

Quando me afastei da mãe dele por causa de uma relação que só me fazia mal, pensei que se um dia ele crescesse e desejasse saber quem eu era, ótimo.

Mas ele cresceu e é óbvio que não lembra nem quem eu era. Para mim foi muito marcante, para ele que era uma criança, é como se eu sequer tivesse existido na vida dele.

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quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Duzentos e cinquenta e nove

Se arrependimento matasse, muita gente estava morta. Mas e tristeza ? Mata?

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Se hoje fosse seu último dia de vida, qual momento feliz seria sua última lembrança?

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Você lembra a última vez que ouviu um "Eu te amo" daqueles verdadeiros, olho nos olhos, daqueles que a gente não tem como não acreditar?

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Você lembra a última vez em que disse um "Eu te amo" de verdade?

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Você lembra a última vez que ao ver alguém sentiu aquele "soquinho" no estômago?

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Quando foi a última vez que alguém fez você se sentir única (o)?

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Qual foi a última vez que você ouviu da boca de outra pessoa um elogio que te fez ver um ponto forte que nem você conhecia?

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Quando foi a última vez que a sua admiração por alguém virou elogio sincero?

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Quando foi o último abraço que te  fez  sentir que não precisa de mais ninguém no mundo e que não importava o tamanho do problema, tudo ficaria bem ?

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Quando a última vez que ao falar de uma pessoa para um (a) amigo (a) seus lábios sorriram sem nem você notar?

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Quando foi a última vez em que você esteve tão à vontade que  se permitiu fazer bobagens de amor, daquelas bem bregas?

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Qual foi a última vez que você não só transou, mas fez amor, alma com alma, olhos nos olhos?

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Quando foi que você sentiu que era desejada, que aquela pessoa queria transar COM VOCÊ, e não simplesmente transar?

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Qual foi a última vez que você não teve seus pontos fracos e segredos usados como artilharia em discussões?

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Qual foi a última vez em que você olhou para trás e não quis mudar TUDO?

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Quando foi que você sentiu que a felicidade do outro era mais importante que a sua?

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E quando foi que você sentiu que sua felicidade era considerada e importante?

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E importante? Quando foi a última vez que vc se sentiu importante para alguém?

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Se fosse hoje seu último dia, teria valido a pena ? Se você fechar os olhos, para onde gostaria de voltar ? Para quem?  Em qual ponto tudo começou a ficar torto?  Em qual ponto a vida deixou de prestar,  virou apenas uma lista de tarefas que quando chega ao fim não encontra nada além de tristeza?  QUANDO? Tá foda.




domingo, 9 de outubro de 2016

Duzentos e cinquenta e oito

Este fim de semana era para ser um fim de semana agitado profissionalmente.
No fim as possibilidades caíram uma a uma e o sábado ficou com evento, domingo absolutamente livre.

Várias coisas acontecendo na cidade, várias eu gostaria de ter conferido pessoalmente.

Mas não fui em nenhuma. Foda-se. Cadê novidade?



Sabe, eu não tenho absolutamente ninguém para conversar. NINGUÉM.

Também não posso escrever em meu caderno (pense em um troço desatualizado), pq casar novamente me tirou isso: a liberdade de escrever em um caderno, colocar as ideias no lugar, organizá-las.

Conversar com alguém, especialmente por escrito tem esse poder em mim: Organizar as ideias.

Nem sempre faço questão da opinião do colega, apenas é importante que ele saiba ouvir, sabe? Como terapia. Às vezes você só precisa mesmo se escutar dizendo para entender.

(então não me venha com "digitando" se eu nem acabei de falar,caraio)

Então em parte pq ninguém está interessado em mim e meu mimimi, em parte pq não sei pedir ajuda, em parte pq meu casamento está acabado, em parte pq não tenho privacidade e paz de espírito, em parte pq já não escrevo mais porra nenhuma... por tudo isso e mais um pouco, estou bem destruída.

Não se se a palavra é destruída pq estou aqui e sigo vivendo, ao menos funcionando. Mas tá tudo bem ruim.

Mas tem lado bom: Não dizem que depois que você chega lá no fundo do poço só resta a subida? pois é.
E sabe pq é assim? Pq você chega lá na lama do poço e deixa de ter expectativas de melhorar :D

E quem sabe mesmo da vida sabe que qquer coisa que a gente escolha para criar é melhor que criar expectativa .

Esperar que o outro entenda você (mesmo depois de qse uma década), esperar que a pessoa entenda pq você está magoada, ou ao menos tenha conhecimento de que você dormiu chorando, esperar que não te zombem pelas suas sensibilidades, esperar que te digam seus pontos fortes, que te achem bonita nas particularidades que só um casamento mostra. esperar, esperar, esperar.

(Sério, eu queria viver assim, CAGANDO para tudo. Tem quem chame de leveza, tem quem chame de egoísmo, tem quem chame de retardo mesmo) 

Acabo me irritando com essa falta de percepção, sabe? Se você não senta e não explica exatamente pq se ofendeu, pq chorou, a pessoa não entende. E mesmo explicando, a chance de a pessoa não entender é enorme, pq né? O egoísmo corre solto, então como ser empático, como se colocar no lugar do outro e entender como ele se sente? No máximo você consegue um "desculpe" bem sem vontade e com sorte 24 horas melhores.

Me chamam de "nervosinha", mas sou ansiosa.
Me chamam de "pesada", mas ninguém quer saber pq, o que me "pesa".
Me chamam de tudo, mas na verdade sou apenas infeliz.

Só queria ficar sozinha mesmo, só queria alguém que se importasse mesmo comigo, que gostasse de mim de verdade e com quem eu pudesse apenas conversar.

(Gostar de mim MESMO, não dizer "Pq você é tão bonita?", frase que por si só já diz o quão insuportável sou)

Minha auto estima está tipo no lixo, por outro lado a dela parece cada vez melhor, talvez tenha feito um bom trabalho, não sei.

Só sei que não entendo ao certo o que estou fazendo aqui. Aqui nesse casamento, sim... Mas especialmente nessa vida.
Parece que o verbo adequado seria "aguentar", mas tenho a leve impressão que não é para isso que fomos criados... sobreviver, tocar o barco, aguentar.


Me arrependo de ter desmentido o que disse naquele telefonema no começo do dezembro...sobre ser feliz, sobre não permitir jamais ninguém se colocar novamente entre mim e minha realização. Era sincero. Eu tinha vivido uma doença, estava me curando.

Eu tinha deixado para trás Joice e seu descaso, nada mais me deteria. hahaha

Corta para 9 de outubro, 34 anos (!!!!),  uma pele de cu, vários quilos a mais , 6 cachorros, dinheiro contado, desamor  e o passado parecendo até rosado daqui. Tinha tudo, tudo...  :(









quarta-feira, 18 de maio de 2016

Duzentos e cinquenta e sete

Eu nunca fui boa em terminar ciclos, em me despedir de gente, de namoradas (os), de objetos com valores minimamente sentimentais, de empregos, de rotinas... As coisas estão lá, podres, mas sou daquelas que está pensando que "nunca mais verei isso".

Talvez por isso sinta, sempre, que as coisas, pessoas e situações foram arrancadas de minha vida... Ainda sabendo que não foi do nada, ainda sabendo que estava para acabar, sinto sempre que não estava preparada,sempre a lembrando mais das coisas boas que das ruins e sendo meio nostálgica.

E nessa está esse blog aqui parado, me trazendo coisas ruins, me lembrando que vai ver é hora de tirá-lo de vista logo.

Mas aí lembro que é meu cantinho, que não adianta se livrar dele, já que meu cérebro é TÃO hábil em me lembrar do que não me interessa lembrar.

Só que anda difícil saber quem sou eu por esses dias, e jogar fora minhas próprias palavras certamente não ajuda muito, ainda que não me reconheça em nenhum texto,nenhum pensamento.

Além de carregar essa merda de mala pesada, cheia de roupas que não me servem mais, tem  culpa. A culpa de TER que escrever e nunca ter uma situação certa para isso, ou não querer ter, enfim.

Daí que ou excluo essa merda ou volto a escrever de vez, não deve ser tão difícil, né?

Já que a vontade segue aqui.



Outra alternativa é um outro endereço, e tal. Algo totalmente novo, mesmo. Mas não dá na mesma.

Aliás, escrever ou não, tanto faz.

O vazio no peito segue, essa infelicidade segue, por mais que se tente esconder.
Seguem esses pensamentos DOIDOS que gostaria muito de entender de onde vem e pq. (Freud?)
Gostaria de olhar para trás e entender um pouco as coisas, botar meus pingos nos is para tentar entender quem sou AGORA, para aí parar de escrever esse caminho mal escrito e um dia poder olhar para trás e (ao contrário de hoje) ver tudo menos caótico.

Olhando para mim ninguém diz muito. Devo, imagino, parecer pacata e bem menos caótica que antes. Mas sou só eu aprendendo a viver, mais que nunca, dentro de mim mesma, onde posso pensar e ser quem fui sou.

(quando se descobre isso é bárbaro. Ninguém lê, ninguém vê, ninguém pertuba ou desconfia.)

Se a realidade é o que vivo por fora ou o que vivo por dentro, sei lá.
Mas arrumei um jeito de seguir... e sigo.

Sigo,sim.





domingo, 6 de dezembro de 2015

Duzentos e cinquenta e seis

                                Eu não choro mais pq falta tempo, pq motivo e vontade não faltam.

domingo, 2 de agosto de 2015

Duzentos e cinquenta e cinco




Hoje está fazendo exatamente um mês.
1 de julho foi um dia estranho, sombrio, e certamente um dos mais tristes de minha vida.

Minha gatinha Lelé (Belinha, originalmente), de 12 anos e meio, morreu nessa data.

Já estava bem mal há um tempo e há 2 dias pensávamos já se não teria chegado o momento de tomar a mais difícil de todas as decisões. .. Aquela que todo mundo que ama um gatinho (ou cachorrinho) sabe que, inevitavelmente, pode tomar um dia.

Minha mãe disse que sempre foi contra eutanásia, até ver Lelé no estado em que ficou.
Eu não...Sempre tive claro na minha cabeça que uma coisa é uma doença que mesmo trazendo dor, é curável. Outra, bem diferente, é o animal entrar em sofrimento sem chances de cura. Mas tenho o consolo se,  naturalmente, ter me entendido com todos sobre isso...um stress a menos.

E Lelé chegou nesse ponto.
Encontrei agora esta foto dela e mal pude acreditar que foi quase
atrás! Ela sequer tinha começado a perder peso, apesar de já ser
renal. 

Estava com o diagnóstico de IRC ( Insufiência renal crônica) fechado já há alguns anos e desde 2014 estava já na base da soroterapia diária. Até que começou a perder (muito) peso e o soro começou  a não bastar...
Podia ser só uma crise no meio dessa doença crônica, mas quase duas semanas de fluidoterapia (aplicação de soro intravenosa e feita no veterinário, ao contrário da soroterapia, que é subcutânea e fazíamos em casa) não bastaram.

Ela não chegou a ficar inconsciente, o que para mim dificultou muito o processo. :(

Mas apesar de "consciente", ela estava em agonia, intoxicada por todas as toxinas que seu rim há tempos já não estava dando conta de filtrar.

Isso começou segunda à noite. Foi para mim o dia mais desesperador, vê-la assim fez a ficha cair definitivamente: Ela estava indo.

Terça levamos na vet (onde ela estava indo diariamente para a fluidoterapia) e como ela não falou nada sobre "colocá-la para dormir", e como ela não estava definitivamente mal, levamos ela para casa.

Foi uma noite ruim, ela passou miando, se debatendo, como quem não se conforma por não poder andar, beber água na pia, fazer xixi de maneira digna no banheirinho dela, e não nos panos onde dormia. :(  Água e comida, só na seringa.

Como minha mãe tinha cliente cedo na quarta, passei a noite sem dormir para não perder a hora e ir para a casa dela ficar com a gatinha.

Sua agonia estava enorme e foi péssimo vê-la assim, péssimo. Apesar disso, foi bom ter a chance de passar esses momentos com ela.

Por volta de 14 horas minha mãe voltou e fomos todas conversar com a vet, em definitivo.
Falamos o quanto ela estava sofrendo e sobre as chances de melhora dela ( nenhuma, no caso).

E, assim,com a concordância da vet de que era mesmo o melhor ... autorizamos a eutanásia.

Ficamos com ela (eu, minha mãe e Vanessa) até a dra colocar o estetoscópio e confirmar que ela tinha ido, sem mais batimentos.

Dois dias antes de partir, tomando sorinho na clínica. Última foto.
E Caraleo, que dor.

Tive que segurar muito a barra por causa de minha mãe (sempre, neh). Mas foi muito, muito foda.
Ainda que por conta do meu casamento a gente não tenha morado juntas em seus últimos anos, foram 12 anos de amizade.


Amizades nesse período começaram e terminaram, relacionamentos, carreiras, empregos, quanta coisa passamos juntas! Quantas lágrimas e sorrisos! Era uma menina quando adotei ela escondido e apareci com a nêga em casa ("Que gato feio" disse minha mãe hahahah). 

A primeira e a ultima coisa a fazer quando chegava na casa da minha mãe era SEMPRE procurar minha pretinha para dar uns amassos (nem sempre bem recebidos, rs). Era ranzinza e odiava gatos, mas que coração de ouro! Se ficava brava com algo (tipo amassos ou soro), em 3 minutos voltava, como se tivesse esquecido o que a aborreceu. <3 Se visse a gente chorando, logo se aproximava e lembro de inclusive ela ter lambido minhas lágrimas em algumas ocasiões!

Ainda está complicado ir até lá, ainda penso em procurar ela e quando vou distribuir petisco para os outros felinos nossos, ainda penso que falta a Lelé.
Carinha de "Quedê petisco!", hehehe. 

(Até seus últimos dias, bastava chacoalhar o potinho para ela aparecer, sentar ali e ficar esperando sua parte, hehehe. Depois, quando não andava mais e nem aceitava ração de nenhum tipo, ainda comia o bendito petisco, acredita?
Só no último dia, cheirou mas já não conseguia comer, articular a boquinha para morder :(     )

Segunda vez na vida que enterro um gatinho, mas isso já tinha uns 12, 13 anos.

Trouxe minha menina para casa e quando a chuva deu uma trégua, enterramos seu corpinho no fundo do quintal. Minha mãe não participou, tenho certeza de que não aguentaria. Aliás tenho uma história ótima sobre isso, mas para outro post, rs.

No começo foi bem estranho saber que ela estava ali, sei lá. Não parava de chover (NÃO PARAVA MESMO) nos dias seguintes e entrei numas nóias de "Minha gata está na chuva". Foram dias muito estranhos.

Só fui melhorar uns 4, 5 dias depois, quando finalmente parou de chover e abriu o sol. Enquanto continuou chovendo, parecia que ainda estava lá naquele 1 de julho.

Não foi só a morte dela, foram 14 dias indo diariamente para a clínica e passando lá toda a tarde, pois a clínica é popular e não trabalha com internação. Normalmente deixamos o animal na clínica e ele passa o dia tomando soro. Lá não, ficamos com ela (o que acho melhor, inclusive). Mas vi muitos casos ruins, animais nas últimas, cinomose, doença do carrapato, donos aos prantos pois perderam o animal... Já ia para lá com frio na barriga e claro que quando ela faleceu tudo pesou muito em mim!

Mas passou, como tudo na vida, melhorou. A dor ficou guardadinha aqui e a gente vai seguindo a vida.

Cerca de 10 dias depois, estive na mesma clínica para vacinar meus cães, inclusive na mesma sala onde ela partiu. :( Ficou uma sensação bem ruim, só de pegar um caminho parecido para lá já me dá uma trava no estômago.

No lugar onde ela foi enterrada, plantamos um Manacá da serra e ficou bem fofo, uma homenagem bonita. Minha mãe quando vem aqui também desce às vezes para rezar e tal.

Essa é uma doença maldita que parece ser o karma de 9 entre 10 gatinhos no final da vida (com sorte, no final). Mas com ou sem isso, a gente sabe que infelizmente eles duram menos que nós! :(


(Apesar de eu ouvir falar sobre gatinhos bem mais velhos que ela, 12 anos é pouco, equivaleria a 69 anos! Mas infelizmente Lelé ainda filhote caiu do OITAVO andar  sem sequelas a longo prazo, gastando -CLARO-seis vidas de suas já conhecidas sete. Ou seja, Irc crônica levou minha nêga cedo, rs.  )

Post relato, desses que a gente precisa escrever às vezes, para botar os sentimentos no lugar e seguir com a vida. se é que alguém ainda circula por aqui, desculpe se foi enfadonho .

Homenagem para a gatinha mais ranheta que se teve notícia e também a mais amada! <3

domingo, 24 de maio de 2015

Duzentos e cinquenta e quatro

Tenho falado e sentido coisas feias, que há muito tempo não eram sentidas e faladas. Falo, sinto, faço e depois passo horas e dias me odiando por ter escolhido uma vida que só me faz ser uma pessoa ruim, cada vez pior.

Mas é isso que tenho sido, cada vez pior. Pq por mais que tenha certa capacidade de enfrentamento, certa horas as adversidades vencem.

Não posso crer que essa seja a vida que escolhi para mim, mas foi.

Essa vida feia que me transforma em alguém ainda mais feio, alguém que já fui e não queria ser de novo.

Alguma coisa vai acabar acontecendo de muito ruim por aqui.

E falo isso não pq esteja planejando, mas pq sinto o controle se esvaindo pouco a pouco de mim.

sábado, 4 de abril de 2015

Duzentos e cinquenta e três

Se eu pudesse definir minha vida em uma palavra seria: Obrigação.
Você começa a perceber que toda e qualquer tarefa na vida tem um "tenho que" ou "preciso" em algum lugar da sentença.

Do tipo:
"Tenho que passar na minha mãe"
"Tenho que escrever no blog"
"Temos que passear com os cachorros"
"Temos que visitar aquela amiga que teve neném"
"Tenho que lavar a louça"
"Tenho que terminar aquele livro"

Observe por favor que mesmo as tarefas LEGAIS acabam com o tal "TENHO QUE" na frente. Ou seja, viraram mera obrigação.

Aqui ao meu lado tem uma lista com N itens práticos que devo cumprir e a maior (talvez única) alegria nessa vida é riscar um item.

Ainda tem a outra lista, dos trabalhos a entregar e a lista das coisas diárias, menores.

TRÊS listas.

A questão aqui não é dizer que faço muita coisa, que o dia devia ter mais de 24 horas...Não é o caso, não é esse o problema.

A questão é que a vida entrou no automático.

Tudo é tarefa.
Tudo o que não é tarefa é feito com pressa e (quase) culpa.

A semana passa e quando vejo chegou o fim de semana, que é quando efetivamente saio para trabalhar. Chega a segunda e aquele alívio de pensar que terei mais tempo para...cumprir tarefas!

Algum dia de folga? não... :(

Só essa rotina eterna.

É assim com todo mundo?Muito provavelmente.
Consola? Nem um pouco.

Ps:pelos meus cálculos, volto ano que vem.  Abraço

terça-feira, 7 de outubro de 2014

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Duzentos e cinquenta e um

Algumas palavrinhas sobre agosto...


Foi só virar o mês (de julho para agosto) que tudo mudou. Toda a pindaíba acumulada sabe-se desde quando se reverteu em fartura - multiplica senhor - e pela primeira vez desde que passei a viver de foto, fechei o mês no azul. E olha que tinha conta atrasada desde... maio. Oxalá todos os meses sejam ao menos parecidos com esse! :) Preciso pelo menos desse mínimo de tranquilidade para viver.
***
Meu aniversário não foi lembrado por nenhuma das pessoa que chamo (chamava) de amigas. Algumas não tenho contato há tempos, mas sempre escrevo nos aniversários. Outra é amiga de infância, lembro os aniversários das filhas, mas foi incapaz de dizer um simples "parabéns" pelo whatsapp. Outras não se lembram de mim sequer com o lembrete do Facebook. Outra deixou de falar comigo por uma asneira, um mal entendido, mas mesmo assim, não teve nenhuma palavra para trocar comigo em meu dia especial.
Especial pq tive saúde (mais ou menos, terminei o dia gripadona), passei com quem realmente me ama... e só. Mas ai, tô me cagando para aniversário, para presente.
Este ano só serviu para me mostrar como sou insignificante.
Daí a galera vai me chamar se anti social.  Aff, tem amizade aí no meio que só faltei implorar.  E amizade mão se pede.
Daí prefiro não ter amigo nenhum.  Ponto. Feliz aniversário para mim.


***

Estou me achando mais feia que nunca, e ao mesmo tempo com menos vontade de se cuidar que nunca.  Tipo. .. Quando tenho vontade de me arrumar, fica tudo uma merda e desanimo. Antes qquer lápis de olho me fazia sentir bem, agora  me sinto uma múmia arrumada, então foda-se.  Ando assustando meio mundo com minha cara lavada, mas tô nem aí. Pelo menos ainda tô lavando.  O bicho pega quando cruzo com espelho e ME assusto. 
Acho que tem a ver com  minha pele, que tá um cu. 
Voltei a tomar anticoncepcional por causa disso.  Pq foda-se saúde, o importante é ter a pele bonita e seios dignos.  Hahahaha
(Coerência, trabalhamos).


***


Ou não, não trabalhamos. Ao mesmo tempo que resolvi voltar a encher meu fígado com hormônios artificiais, resolvi experimentar umas paradas loucas, tipo deixar de tomar leite (peguei nojinho e morro de dó da vaca) e fazer um puta suco verde pela manhã.  E não é que é uma delícia?
Coisa que amo nessa vida é suco.  Passaria o dia tomando, mas rola preguiça de viver fazer. Hhahaha


***

Fui doar sangue! Amo! Eh sempre uma tensão e um prazer. Dessa vez fui de carro e evitei o desmaio!

***

Academia? Perdi o caminho.  Meses de dor e avanço jogados no lixo.  Ensaio voltar TODO dia, e é bom mesmo, causa de que tá pago (jurava que não seria dessas). Mas se serve como consolo, cônjuge está no barco também.  Duas vagabundas.


***


Demos umas saídas este mês, o que é raro e aparentemente insignificante, mas não.  É delicioso.
Fomos na exposição de Os Gêmeos (Longa fila, frio de matar e sempre que lembro tenho vontade de rir das pepecas -vide foto). Mas tinha outras obras lindas também. :P
Fomos tb na festa da Nossa senhora da Achiropitta. O tempo que fiquei na fila para comprar o macarrão daria para ir até o Carrefour (muito mais longe que o Super Vizinho), comprar a massa, fazer o molho, comer e ainda tirar um cochilo. E pagaria menos, hahaha. Mas foi válido, especialmente pelo vinho quente que amo.  Só não voltaria, Mas foi belezinha! Hahahah
Ah, e revisitei uns cantos onde morei na infância, o que mais amei.  Inclusive o hospital onde minha mãe sempre me levava e roubaram minha jaqueta certa vez, ou a padaria onde minha mãe me levou de pijamas, ou o apartamento onde minha linda madrinha tentou me estrangular. .. linda infância! Hahaha


***

Acho. ... que tá bom de agosto né? 
Comentem aí vocês, se vocês ainda existirem.  Mais alguém faz Blog no mundo? Bom, faço pelo celular agora, alá que muderno!


Besos, crianças!

sábado, 26 de julho de 2014

Duzentos e cinquenta

Fácil me chamar de dramática.
Difícil é calçar os meus sapatos, saber o que passo e ver se  é  assim mesmo.

Tô fazendo malabares com tantos pratinhos que  nem sei como não caíram todos na minha cabeça, ainda.

1, 2 , 3, 4...ops, entra mais um. Ops, não deixa cair.

Estou arrasada por dentro, mas se tem algo que aprendi nesses últimos meses é que não estou com depressão, definitivamente.

Por menos vontade que eu tenha, sigo levantando, vivendo. Por muito menos já me joguei na cama sem banho e chorando sem parar, sem escolha.

Mas nem por isso está fácil.
Minha mãe está praticamente para ser despejada e nem desconfia. Venceu o segundo aluguel dela e não tenho nem previsão de receber nada nos próximos 15 dias.
Deus sabe que de todas as coisas só o que eu queria era mantê-la lá, pagar o aluguel em dia, o plano de saúde. Anos e anos de mudanças por puro capricho dos outros, só queria que ela continuasse ali onde mora.

Mas não consigo, não fecho nada, a empresa vai de mal a pior.

Temos levado assim há tempos, sempre pagando as coisas aos 45 do segundo tempo...até então. Agora vendeu o segundo e não tenho nem um terço do valor.

Se fosse minha conta, eu peitava, enfrentava. Mas não, é outra vida, não se trata de mim. E isso me dói, me pesa.

Fora  os outros aspectos, que ainda que menores que esse, pesam, também...

E me pego  levando, disfarçando, engolindo o choro, carregando um pouco do peso na bolsa  para não ficar tão na cara.

Então não venha me dizer que sou dramática, assim, sem saber.

Temos conversado sobre você desde sempre, o que não quer dizer que minha vida esteja legal, não está. E se você soubesse, talvez achasse que estou até fazendo pouco drama.

Se pareci impiedosa,por coisa de um mal entendido pelo qual até me desculpei, sua atitude nos dias que se seguiram me pareceu egoísmo.

Mas,sabe, coisas assim acontecem tanto...E já tô com 32 nas fuças, foda-se! rs
Minha vida está atolada na merda, não vou me preocupar com isso!

Cansei de me magoar com amigos, de correr atrás de quem está pouco se fodendo, de pedir desculpas à toa.

Impiedosa? Impiedosa está a minha vida.

Drama? Drama é ficar de mal com quem é (supostamente) importante  por causa de nada.

E vamos correndo que é o que tem. Segunda se a bomba explodir, explodo com ela.
Tudo tem limite, até a mais dura das pedras quebra depois de tanta marretada.

E estou qse lá. Qse.






sexta-feira, 18 de julho de 2014

Duzentos e quarenta e nove

"Un pasto senza vino,é come una giornata senza sole"
Tá faltando o vino e o sole, mas pelo menos a pasta está em dia! 

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Duzentos e quarenta e oito

          "Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
          Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro."

                  

                        Acho que não se morre mais, depois dos 30. Mas vivo assim, o que talvez seja pior.