quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Duzentos e sessenta

Hoje sonhei com a Li. Amiga das antigas, de quando os anos começavam ainda com 19.
Estávamos no casamento da Dani Calabresa (!!!), lembro que serviram salsicha e olhamos uma para outra com cara de muxoxo pq não comemos carne.
Ela não me dava muita boa causadeque até em sonho nossa relação é zoada, e eu ficava lá meio pelos cantos na sofrência (hahahah).
Tinha de lembrancinha para as meninas uns colares dourados que ela (a noiva) tinha comprado as pressas pq a lembrancinha original cagou.
(A etiqueta dizia que tinha custado R$ 25)
Eu encontrava umas pessoas aleatórias da escola, e era legal, mas o sonho como um todo me fez acordar com um sentimento estranho de ter visto as pessoas e ao mesmo tempo ficar com saudade de um modo que há tempos eu não sentia.

"Agora pega esse sonho manda para sua amiga, imbecil"

Para que? Só fica pior.
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Dia 15 tem a formatura do meu primo, aquele que vi nascer quando já tinha 15 anos e que por um tempo achei que ia ser tipo o irmão que nunca tive, já que minha tia sempre foi mais que tia.
Depois minha tia tratou de nos afastar e depois de transformar o menino em alguém que eu jamais gostaria de ter por perto, tvz até mesmo alguém pior que ela.

Pois bem, dia 15 ele se forma no Colegial (sou véia, me deixa) e minha mãe vai. Eu não, ninguém chamou.
Não chamaram pq sabem que não vou, claro.
Mas ninguém chamou.

Por um breve instante pensei em como seria estar lá, eu e minha câmera de repente.
Pensei depois em escrever algo para ele através de minha mãe.

Depois me toquei que esse moleque não faz ideia de quem eu seja, já que tem bem uns 10 anos que não convivo com ele de maneira próxima.

Quando me afastei da mãe dele por causa de uma relação que só me fazia mal, pensei que se um dia ele crescesse e desejasse saber quem eu era, ótimo.

Mas ele cresceu e é óbvio que não lembra nem quem eu era. Para mim foi muito marcante, para ele que era uma criança, é como se eu sequer tivesse existido na vida dele.

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quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Duzentos e cinquenta e nove

Se arrependimento matasse, muita gente estava morta. Mas e tristeza ? Mata?

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Se hoje fosse seu último dia de vida, qual momento feliz seria sua última lembrança?

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Você lembra a última vez que ouviu um "Eu te amo" daqueles verdadeiros, olho nos olhos, daqueles que a gente não tem como não acreditar?

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Você lembra a última vez em que disse um "Eu te amo" de verdade?

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Você lembra a última vez que ao ver alguém sentiu aquele "soquinho" no estômago?

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Quando foi a última vez que alguém fez você se sentir única (o)?

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Qual foi a última vez que você ouviu da boca de outra pessoa um elogio que te fez ver um ponto forte que nem você conhecia?

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Quando foi a última vez que a sua admiração por alguém virou elogio sincero?

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Quando foi o último abraço que te  fez  sentir que não precisa de mais ninguém no mundo e que não importava o tamanho do problema, tudo ficaria bem ?

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Quando a última vez que ao falar de uma pessoa para um (a) amigo (a) seus lábios sorriram sem nem você notar?

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Quando foi a última vez em que você esteve tão à vontade que  se permitiu fazer bobagens de amor, daquelas bem bregas?

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Qual foi a última vez que você não só transou, mas fez amor, alma com alma, olhos nos olhos?

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Quando foi que você sentiu que era desejada, que aquela pessoa queria transar COM VOCÊ, e não simplesmente transar?

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Qual foi a última vez que você não teve seus pontos fracos e segredos usados como artilharia em discussões?

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Qual foi a última vez em que você olhou para trás e não quis mudar TUDO?

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Quando foi que você sentiu que a felicidade do outro era mais importante que a sua?

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E quando foi que você sentiu que sua felicidade era considerada e importante?

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E importante? Quando foi a última vez que vc se sentiu importante para alguém?

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Se fosse hoje seu último dia, teria valido a pena ? Se você fechar os olhos, para onde gostaria de voltar ? Para quem?  Em qual ponto tudo começou a ficar torto?  Em qual ponto a vida deixou de prestar,  virou apenas uma lista de tarefas que quando chega ao fim não encontra nada além de tristeza?  QUANDO? Tá foda.




domingo, 9 de outubro de 2016

Duzentos e cinquenta e oito

Este fim de semana era para ser um fim de semana agitado profissionalmente.
No fim as possibilidades caíram uma a uma e o sábado ficou com evento, domingo absolutamente livre.

Várias coisas acontecendo na cidade, várias eu gostaria de ter conferido pessoalmente.

Mas não fui em nenhuma. Foda-se. Cadê novidade?



Sabe, eu não tenho absolutamente ninguém para conversar. NINGUÉM.

Também não posso escrever em meu caderno (pense em um troço desatualizado), pq casar novamente me tirou isso: a liberdade de escrever em um caderno, colocar as ideias no lugar, organizá-las.

Conversar com alguém, especialmente por escrito tem esse poder em mim: Organizar as ideias.

Nem sempre faço questão da opinião do colega, apenas é importante que ele saiba ouvir, sabe? Como terapia. Às vezes você só precisa mesmo se escutar dizendo para entender.

(então não me venha com "digitando" se eu nem acabei de falar,caraio)

Então em parte pq ninguém está interessado em mim e meu mimimi, em parte pq não sei pedir ajuda, em parte pq meu casamento está acabado, em parte pq não tenho privacidade e paz de espírito, em parte pq já não escrevo mais porra nenhuma... por tudo isso e mais um pouco, estou bem destruída.

Não se se a palavra é destruída pq estou aqui e sigo vivendo, ao menos funcionando. Mas tá tudo bem ruim.

Mas tem lado bom: Não dizem que depois que você chega lá no fundo do poço só resta a subida? pois é.
E sabe pq é assim? Pq você chega lá na lama do poço e deixa de ter expectativas de melhorar :D

E quem sabe mesmo da vida sabe que qquer coisa que a gente escolha para criar é melhor que criar expectativa .

Esperar que o outro entenda você (mesmo depois de qse uma década), esperar que a pessoa entenda pq você está magoada, ou ao menos tenha conhecimento de que você dormiu chorando, esperar que não te zombem pelas suas sensibilidades, esperar que te digam seus pontos fortes, que te achem bonita nas particularidades que só um casamento mostra. esperar, esperar, esperar.

(Sério, eu queria viver assim, CAGANDO para tudo. Tem quem chame de leveza, tem quem chame de egoísmo, tem quem chame de retardo mesmo) 

Acabo me irritando com essa falta de percepção, sabe? Se você não senta e não explica exatamente pq se ofendeu, pq chorou, a pessoa não entende. E mesmo explicando, a chance de a pessoa não entender é enorme, pq né? O egoísmo corre solto, então como ser empático, como se colocar no lugar do outro e entender como ele se sente? No máximo você consegue um "desculpe" bem sem vontade e com sorte 24 horas melhores.

Me chamam de "nervosinha", mas sou ansiosa.
Me chamam de "pesada", mas ninguém quer saber pq, o que me "pesa".
Me chamam de tudo, mas na verdade sou apenas infeliz.

Só queria ficar sozinha mesmo, só queria alguém que se importasse mesmo comigo, que gostasse de mim de verdade e com quem eu pudesse apenas conversar.

(Gostar de mim MESMO, não dizer "Pq você é tão bonita?", frase que por si só já diz o quão insuportável sou)

Minha auto estima está tipo no lixo, por outro lado a dela parece cada vez melhor, talvez tenha feito um bom trabalho, não sei.

Só sei que não entendo ao certo o que estou fazendo aqui. Aqui nesse casamento, sim... Mas especialmente nessa vida.
Parece que o verbo adequado seria "aguentar", mas tenho a leve impressão que não é para isso que fomos criados... sobreviver, tocar o barco, aguentar.


Me arrependo de ter desmentido o que disse naquele telefonema no começo do dezembro...sobre ser feliz, sobre não permitir jamais ninguém se colocar novamente entre mim e minha realização. Era sincero. Eu tinha vivido uma doença, estava me curando.

Eu tinha deixado para trás Joice e seu descaso, nada mais me deteria. hahaha

Corta para 9 de outubro, 34 anos (!!!!),  uma pele de cu, vários quilos a mais , 6 cachorros, dinheiro contado, desamor  e o passado parecendo até rosado daqui. Tinha tudo, tudo...  :(









quarta-feira, 18 de maio de 2016

Duzentos e cinquenta e sete

Eu nunca fui boa em terminar ciclos, em me despedir de gente, de namoradas (os), de objetos com valores minimamente sentimentais, de empregos, de rotinas... As coisas estão lá, podres, mas sou daquelas que está pensando que "nunca mais verei isso".

Talvez por isso sinta, sempre, que as coisas, pessoas e situações foram arrancadas de minha vida... Ainda sabendo que não foi do nada, ainda sabendo que estava para acabar, sinto sempre que não estava preparada,sempre a lembrando mais das coisas boas que das ruins e sendo meio nostálgica.

E nessa está esse blog aqui parado, me trazendo coisas ruins, me lembrando que vai ver é hora de tirá-lo de vista logo.

Mas aí lembro que é meu cantinho, que não adianta se livrar dele, já que meu cérebro é TÃO hábil em me lembrar do que não me interessa lembrar.

Só que anda difícil saber quem sou eu por esses dias, e jogar fora minhas próprias palavras certamente não ajuda muito, ainda que não me reconheça em nenhum texto,nenhum pensamento.

Além de carregar essa merda de mala pesada, cheia de roupas que não me servem mais, tem  culpa. A culpa de TER que escrever e nunca ter uma situação certa para isso, ou não querer ter, enfim.

Daí que ou excluo essa merda ou volto a escrever de vez, não deve ser tão difícil, né?

Já que a vontade segue aqui.



Outra alternativa é um outro endereço, e tal. Algo totalmente novo, mesmo. Mas não dá na mesma.

Aliás, escrever ou não, tanto faz.

O vazio no peito segue, essa infelicidade segue, por mais que se tente esconder.
Seguem esses pensamentos DOIDOS que gostaria muito de entender de onde vem e pq. (Freud?)
Gostaria de olhar para trás e entender um pouco as coisas, botar meus pingos nos is para tentar entender quem sou AGORA, para aí parar de escrever esse caminho mal escrito e um dia poder olhar para trás e (ao contrário de hoje) ver tudo menos caótico.

Olhando para mim ninguém diz muito. Devo, imagino, parecer pacata e bem menos caótica que antes. Mas sou só eu aprendendo a viver, mais que nunca, dentro de mim mesma, onde posso pensar e ser quem fui sou.

(quando se descobre isso é bárbaro. Ninguém lê, ninguém vê, ninguém pertuba ou desconfia.)

Se a realidade é o que vivo por fora ou o que vivo por dentro, sei lá.
Mas arrumei um jeito de seguir... e sigo.

Sigo,sim.