Cinquenta e um

Sinceramente não sei bem qual a saída deste inferno, nem sei bem qual foi a entrada.

Sei q estou aqui, é desesperador, é escuro, e não há a menor previsão de q termine.

Não tenho ânimo para nada, e sei bem que não se trata de depressão nenhuma.

Toda esta minha apatia se deve ao fato de que tudo em minha vida  está fora de lugar.

Mas não posso tirar opapel dos remédios nesta hist toda...Estão segurando a onda, sem eles estaria em uma posição BEM pior.

Nem sequer tenho ânimo para escrever, apesar de ter um comp com acesso a internet 24 horas por dia a disposição.

Abro e fecho este blog várias vezes, mas não tenho nenhuma idéia que preste para escrever..

Ou talvez me recuse a só ter estas idéias confusas e vagas para escrever,tão minhas, tão internas que nem eu as entendo bem.

Mas se vai servir para colocar minha vida em dia -minha cabeça pelo menos-já será algo grandioso.

Se não me considero em uma crise depressiva, o que então  estaria me fazendo tanto mal a ponto de me tirar novamente do eixo?

O que mais senão um casamento fracassado?

Sim,

F

R

A

C

A

S

S

A

D

O

.

.

.

E se ouso usar esta palavra tão forte,tão definitiva, não é por falta de reflexão...

Há uma frase q diz que nenhum casamento é fracassado, e sim que ele deu certo o tempo que tinha que dar.

Não sei se é o caso aqui.

Pq simplesmente desde que pisamos nesta casa  não conseguimos fazer as coisas andarem.

Tivemos sim dias bons, semanas menos estressantes.

Mas nunca fomos a companheira que sonhávamos uma para a outra.

E ao confessar estas coisas me dispo te toda a arrogância e me visto de culpa,  que apesar de não ser só minha, definitivamente me pertence.

Apesar da bosta que foi 2o1o, com toda aquela depressão e tals -e tb por causa dela- eu tinha sempre a esperança-qse certeza- de q cedo ou tarde a gente acabaria encontrando nosso caminho para um entendimento.

Hoje, apesar de eu estar num momento bem melhor -e novamente,tvz justamente por isso-as coisas estão insuportáveis assim pq ambas tem plena consciência de que esgotaram-se as chances, esgotou-se o tempo, a paciência, e, especula-se, o amor.

Sendo assim o que sobra?

Sabe-se lá.

E sendo assim pq estamos aqui ainda, se agredindo, se desrespeitando?

Não sei, ou melhor, não sabemos...

Pode ser apego, um restinho de amor, de esperança, de medo de fazer algo definitivo.

Enquanto houver uma desculpa para ficar aqui, é mais fácil escapar da derrota que é minha vida, da verdade  doída que é saber que este é meu terceiro casamento fracassado, que nunca fui capaz de fazer ninguém feliz, e que provavelmente nunca serei...Não sei amar, possivelmente.

E como “saber amar é saber deixar alguém te amar”, elementar que nunca fui nem poderei ser feliz tb.

Fora isso vou seguindo, tentando estudar, tentando sair desta  situação em que me enfiei há qse ano e meio qdo optei pela decisão radical de sair da empresa- e da profissão q me sustentava- e me meti neste limbo.

Só que no meio deste caos todo, este desespero, esta agonia, desta reflexão -inútil-qto ao futuro desta relação,  perco a concentração ,a vontade, o foco...

Mas, ainda hje, tudo o que sinto é resumido em um adjetivo VAGABUNDA  ...

-Às vezes isso é dito, literalmente, mas fica  subentendido, sempre-

Isto me causa um desgosto que sou incapaz de descrever...

Pq a pessoa não entende nada, julga tudo, tem absoluta precisão de sua certeza, a ponto de interromper meus argumentos para dizer “Você sabe que estou certa”.

Ela acha que me conhece melhor que eu...

O sentimento é esse, em cada discussão , incredulidade.

Ouço coisas absurdas...Coisas que gostaria, mas que não consigo sequer considerar...

Samba do criolo doido não definiria melhor...

Gostaria de escrever coisitas mais agradáveis, mas são 4 e 15 da manhã, é a segunda noite q passo qse em branco e só precisava desabafar.

Amanhã posto.

Besos