Sete

De repente pensei que há diversos modos de desisitr de viver, e que o suicídio, propriamente dito, é apenas mais um.

Pensei que isso que chamamos de continuar vivendo é muito subjetivo.

Viver e sobreviver não é a mesma coisa.
É plenamente possível desistir e ao mesmo tempo continuar zanzanado por aí, até com um sorriso no rosto.
Pura covardia, covardia biblíca.

A alma morta e o corpo atendendo o telefone às 15 horas de uma tarde de um dia de sol que nem brilha mais.
Você está viva, talvez até goze de boa súde aos olhos de qquer médico.
Mas está fechada...Está morta para as felicidades da vida, para as dores.

E isso não tem nem tanto a ver com sua história de vida.
Mtos passam por tragédias terríveis e seguem ainda mais belos, mais crentes, mais fortes.
Outros, ao menos indício de tormenta, se trancam dentro de casa, dentro de si, vestem seus lutos, morreram da doença sem cura. O medo da dor.

"Tudo é dor, e toda dor vem do desejo de não sentirmos dor"

Eu não posso dizer que tenho lá gdes medos na vida, nem que tenha me traumatizado com as dores que vivi.
No momento o que empaca minha vida é não poder fazer o que tenho vontade.
Aliás, nais ou menos, pq fiz, parcialmente.
Explico.
Tinha um emprego que estva me matando dia a dia.
Me afastei, estou afastada pelo inss.
Mas não sou só eu que depende desta renda, é também minha mãe.
Daí estou no meio do caminho, no limbo, entre a porta do avião e o chão.
Não sei se a corda do para quedas vai abrir ou não, não posso saber, pq o tempo parou neste instante.


O que tenho, o mal que me corrói, que não é medo, é um desânimo terrível.
Como uma anoréxica sem apetite, perco todos os nutrientes que a vida tem p me dar.
Nada me desperta a fome de viver, nada me faz suar de desejo, nada me faz querer levantar da cama ás 8 da manhã com a certeza no peito de que vou ganhar o mundo, se quiser e me esforçar para isso.

Não acredito em mim e nem no mundo.
Precisava desesperadamente que alguma coisa em minha vida desse certo para que eu pudesse acreditar em ambos.

Pq se isso que vivo não é a morte, não sei o que é...