Três

Mas, afinal, o que é amar?

"Afinal, será que amar é isso tudo?
Se isso não é amor, o que mais pode ser?"

Passei um tempo pensando se era importante MESMO a gente dar nome aos bois.

Depois fui deixando de querer beijar...
Deixando de querer fzer amor...

E fui percebendo que no fim das contas o nome que você dá é o menos importante na história (óbvio).

O importante mesmo é vc sentir aquele frio na barriga qdo vê a pessoa vindo.
Sentir qquer coisa próxima da tontura quando sem querer os rostos se aproximam.
Se beijar e perceber que os corpos tem vida própria e se procuram, se encaixam.
É gostar de ouvir as história, é admirar.
É ver beleza em cada gesto  e  em casa cantinho.....

Isso é amor.
Não importa muito o nome que vc goste ou queira dar.
Percebo que não sinto estas coisas, não mais, pq já senti muito...
Não sei se é o sentimento indo embora, ou a rotina que encobre tudo de belo...
Sei que avisei há mto tempo q a gente deveria se afastar, se redescobrir...

Daí apareceu o I...Com tdo de belo e tudo de fresco que novas paixões trazem...
Me envolvi, me confundi, me entorpeci.Mas não me viciei.
Sou adulta e percebi direitinho o que estava havendo.
Estava procurando nele o que havia perdido com  a moça que amava.

No fim deixei isso para lá, a gente conversava mais como amigos que qquer coisa...Mas (música de novela das 8 antes de revelação) não é só Clara de Passione que tem requintes de crueldade...
A vida também apronta umas  que...PQP.

Minha amada leu meu diário... Sim, eu sei, imperdoável...Mas os fins justificam os meio e ...como quem procura acha...Ela achou o que (não ) queria e o fato de minha privacidade ter sido violadérrima ficou meio que por isso mesmo.

(Mais ou menos, pq no fim queimei o diário...E aqui estou)

Houve, claro, choro e ranger de dentes...
Mas no mesmo dia parecia que ia ficar tudo bem...A gente se beijou...Não um beijo qualquer, mas um desses que tira o fôlego, que faz a cabeça formigar e quase que a gente desmaia...

(Conto nos dedos da mão qtos desses dei na vida)

Mas aí...Dia sim e dia também o assunto voltava à tona da pior forma possível.
Na verdade a gente tinha as mesmas discussões, exatamente como no dia em que tudo aconteceu.

Acabei ouvindo coisas horríveis...E  acabei aqui, na casa de minha mãe.
Não só por isso tudo...O momento não era, há tempos, o melhor...
Sei lá...Estou meio triste com isso tudo.Apesar de não ter havido  nada além de conversas, a V não merecia isso, nem de longe.

E apesar de não acontecido nada, penso que se ele entrou entre nós, foi pq tem uma brecha em meu sentimento.
E depois de tudo isso, depois do desespero, depois da culpa e da raiva...Ela ficou achando q eu iria ser mais amorosa, mais carinhosa, mais próxima.
Mas sei lá...Estou confusa...Já estava antes, já não sabia o que sentia.
Depois mais ainda, pq na minha cabeça quem ama não se balança assim...

Como sempre, Fernanda se cobra, Fernanda se mata...

Nanda diz:
*o caminho de volta parece difuso
*como se houvesse neblina
*tem q andar devagar
*e ir reconhecendo as coisas
*mas...quem sabe?
*quem sabe a ponte n caiu, ainda está lá?

Eu quero fazer o caminho...Eu quero descobrir o que tem lá...Se dá para voltar ou se a monte caiu...