sábado, 17 de setembro de 2011

Cento e cinquenta e dois



Dia agitado por aqui.
Melhor assim...
Já que é para ficar aqui DEZ horas, com a cabeça perdida do jeito que está a minha...Que sejam dez horas de labuta e suor...rs
E aparentemente é o que teremos hoje.
Várias caras novas é sempre confusão na certa.

Tristeza imensa no peito.
Prá quê tudo isso?
Entendo a mágoa, entendo a desconfiaça, mas não entendo a raiva...A raiva descontada em mim de forma gratuita e sem medidas.

Eu posso contornar muitas coisas...Posso abraçá-la e beijá-la para fazer a dor diminuir (?), mas deste modo não consigo nem chegar perto.
Ouço umas coisas que, certas ou não, doem.
Muito.

Tento conversar e é só cinismo...Cinismo, cinismo e mais cinismo.
Também sarcasmo.
E dedo na cara.

Quando perdi perdão  e voltei com o rabinho entre as pernas, esperava muitas dificuldades...Jamais achei que as coisas todas seriam fáceis.
Mas tb mentiria se dissesse que estava pronta para isso tudo.


Não que ela tenha que agir conforme minhas expectativas, não se trata disso.
Mas contava com muita mágoa, muita desconfiança...
Contava até com semanas ou meses dormindo no sofá...Sem qquer tipo de contato físico ou atitude que denunciasse que somos um casal.
Não contava com tanta agressividade, com tantas "patadas", que só servem para nos distanciar mais e mais.

Poucas foram ás vezes em que ela confessou (COM CALMA) estar triste com alguma lembrança relacionada com o que aconteceu e pude lhe fazer um carinho, trazer algum tipo de conforto.

Não acho que ela esteja de todo errada(No que lhe diz respeito), só acho que isso só tende a nos levar ladeira abaixo.
E descer é fácil...Subir é que são elas.
Nós damos 2 passos para frente e 1 para trás, o que não deixa de ser um progresso, ainda que lento.
Nunca achei que seria ( e nem que deveria ser) rápido.
Lenta ou veloz, o que eu esperava é que a gente passasse por essa provação de mãos dadas.

Daí vc dirá...
"Ah, que linda vc, trai blábláblá whiskas sachê de frango e quer sentar no pudim?"

Não, não quero.
Mas não quero ser agredida.
Isso ela não tem o direito de fazer.

E quanto a passar por isso de mãos dadas...No caso foi uma traição, coisa grave...Mas acho que não estávamos de mãos dadas em nenhum na maioria  dos nossos problemas.
Por isso (também) que estamos fazendo terapia.
Não se trata só da traição, mas de muitos e muitos problemas anteriores.

Não estou mais suportando essa situação.
Não estou mais suportando sentir essa dor.
Esse sentimento de "caralho, ela não vai parar de falar?".
E ela não para.
Não em quantidade, mas em "qualidade", rs.
Sabe bem como acabar comigo em poucas e certeiras palavras.
E não desperdiça a chance.

Chutar cachorro morto.

Jamais.

Penso que tenho que ser forte, que de certo modo é um teste da parte dela.
Penso que nada disso somado é um terço da dor que lhe causei.

Mas penso também que não quero viver isso para sempre.
Penso também que tenho o direito de mudar, acredite ela nisso hoje, amanhã ou nunca mais.
Penso também que tenho o direito de me amar.

E perto dela sou o tempo todo só uma bosta, só uma vagabunda prestes a traí-la a qquer momento.
(E quando digo a qquer momento, não é figurativo)


Não quero ser assim.
Entendo 100% a parte dela, mas quero que ela entenda ao menos 25% da minha parte também.

Mas ela simplesmente (SIMPLESMENTE) jogou fora a capacidade de me escutar.
Se falo, ela (deve) já estar pensando no que vai falar, pq é exatamente o que faz asssssssiiiiim que  respiro boto o ponto final  na frase.

E isso é muito frustrante.
Desesperador, diria.

Acho que isso responde ao comentário da Bárbara.
Não sei se é tão simples ... "Ah, me aceitou então vamos deixar tudo isso de lado".
Tenho tentado não agir com esse pensamento, pq acho que é injusto.
Acho que demora mesmo um tempinho para as coisas voltarem (ou não) para o lugar onde estavam.
Sei lá o tempo que leva para chegar no perdão.
Lá em casa acho que nunca chegará.
Mas também acho que ou a pessoa esquece ou  não.

De tudo isso que escrevi a mensagem principal é que sei bem o que fiz, sei a dor que causei.
Sei que faz parte do processo mágoa, períodos de afastamento,e até raiva...

Mas cheguei à conclusão de que ela não tem o direito de me tratar assim.
Diz que não é para me humilhar...Bom, é o que acontece.
(Tanto que discutindo ontem à noite disse que ela "me colocou em meu lugar" e ela confirmou)

Posso ficar em meu lugar, mas achei que a intenção era ser eu mesma.
Com a intenção de melhorar sim, mas ainda ser eu mesma.
(E não Naomi, a robô)

Não estou pedindo perdão, não estou pedindo para a gente voltar à normalidade, também pq acho que nunca voltaremos...
(Desc, estou descrente hje)

Na verdade, não vejo amor nenhum da parte dela...
(E difícil escrever sobre isso sem que doa fisicamente)

Então normalidade como horizonte seria no mínimo uma utopia.

(Além de descrente estou extremamente repetitiva hje, mas faz parte...A cabeça tá bem confusa)

Como disse, não é nada disso o que peço.
Estou pedindo só dignidade.
Estou pedindo a chance de eu tentar ME perdoar.

Pq, por mais que eu saiba que o lado dela é o pior, o meu não tá nem um pouco fácil.

É isso.
Quero saber de nada não.
Juro.
Queria uma coberta, o sofá, a tv ligada, o soninho chegando...Mais nada, nada, nada para pensar, para me deixar triste...
Nada para deixá-la triste.

Utopia
Mas sei o que vai acontecer.
Tudo isso é um ciclo.
Sem fim.

Diginidade. Só isso.


Ps : "Eu não quero ver você cuspindo ódio
Eu não quero ver você fumando ópio, pra sarar a dor
Eu não quero ver você chorar veneno
Não quero beber o teu café pequeno
Eu não quero isso seja lá o que isso for"









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