quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Cento e cinquenta e sete

Eu queria entender o que afinal acontece com a porra da minha vida.
E digo assim mesmo...PORRA da minha vida, de boca cheia.

Verdade que eu faço fiz muita merda.
Mas será que faço tudo tão errado assim que mereça essa vida maldita?

Maldita é uma puta palavra feia, mas foda-se, hje  o dia não está para floreios.
(Minha vida não está para floreios)


Mas enfim, ontem estava passeando com o cachorro e fiquei pensando isso...
O QUE FOI QUE EU FIZ DA MINHA VIDA?

Será mesmo que eu fiz tanta coisa errada a ponto de estar colhendo frutos tão ruins?
De fato, errei e erro demais...
Mas será que não tenho nenhuma qualidade, nenhum crédito, nada que me faça merecer alguma coisa de bom?


Daí a galera pensa:"Ai, como reclama", "Tem saúde, as duas pernas e taí lamuriando". E blábláblá whiskas sachê de frango.


Acontece que quero ser feliz, assim como toooodo mundo e a felicidade sem sempre existe só pq temos as duas pernas.
De repente se eu tivesse uma perna a menos, minha felicidade estaria em me locomover facilmente...Mas não sendo assim, minha felicidade está em outras coisas, apesar de valorizar muito minha saúde e o fato de não ter nenhum defeito físico grave  .


Puts, eu tô tentando, tentando muito fazer as coisas diferentes.
Se respondo, a coisa vira um fuá sem tamanho.
Se fico calada é pq sou arrogante, mimada e tantas outras coisas.

Não tenho a chance de ser diferente, simplesmente pq ela pensa que sou a mesma de antes.
Ponto.
Arrogante forever.


Erro? Erro.
Mas seguro muita barra também.
Calo muita coisa que tenho vontade de gritar.
Tento dar e demonstrar todo o carinho que sinto.

Mas nada é o bastante, e nem será.

Porra, será que só tem um tipo de atitude possível para mim?
Não dá para ver como engoli a seco os impropérios (não há palavra melhor) dela todo o caminho não por ser arrogante, mas pelo contrário, por estar tentando ser humilde, tentando não alimentar briga, tentando abafar o que (de novo) começou errado?

Terça a coisa estava toda errada pq ela estava simplesmente mal humorada.
Mas segurei a porra da onda e as várias patadas que vieram com ela.
Por mais absurdo que seja retribuir um carinho com uma atitude daquela.

Quarta idem.
Já começou com mal humor e reclamação.
Mas falei uma coisa errada e isso foi o suficiente para fuder com tudo.

Pq uma não pode segurar a onda da outra?
Se a onda dela terça era cansaço e mal humor, a minha na quarta era a mágoa pelo que ela disse na terça.
Ao perceber que a coisa ia na mesma vibe, disse sim um "mas já" meio atravessado.

Mas não posso ser atravessada.

"Ai que ódio de você"
Pôxa, ódio?
Ódio?
Na mesma hora pensei em como é terrível e forte dizer isso, ainda mais pelas costas.
A energia que isso deve desprender.

(Não que eu nunca tenha dito)

Me senti tão palhaça.
Nêga disse que estrago todos os momentos.
Pombas...
Sai correndo do trabalho em um dia que não precisava ter corrido, pois a terapia seria só com ela, e poderia perfeitamente ter ficado em casa adiantando alguma coisa, fazendo as pombas das caixinhas de mdf que nunca saem ou mesmo descansando.
E deus sabe do meu sono e de como ando.PQP.
Mas fui acompanhá-la.


E fui de boa.
Daí ouço xingos o caminho TODO.
E por fim um " você vai aprender a ser adulta na marra".

OI?

Ser adulta então é isso?
É não saber a hora de parar?
É fazer barraco rua acima?
(Eu que mal tenho fôlego para subir rua acima)

É ficar discutindo para ver quem ganha até a exaustão chegar e a gte chegar a conclusão que ninguém ganhou, mas que perdemos uma energia considerável?

Isso, muito obrigada, já fiz muito!
Achava que ser adulta era algo como aprender com os erros.
 

E é isso que tenho feito sempre, desde o dia 23 de Junho, caralhoooooooooo!
Erro, repito...
Não sou a vítima nesta história.
Mas se não é para me dar uma chance verdadeira, prá que isso?

Será, será que não dá para enxergar as coisas por um ângulo ligeiramente diferente?
Será que ela sabe TANTO ASSIM o que se passa na minha cabeça?

Se ela está exausta eu tenho que entender.
Mas eu estou exausta e quero apenas me calar tenho que ser taxada de tudo aquilo?

Há algo de errado nessa equação.

Daí, na volta da merda da terapia, voltei sozinha por outro caminho, pq ela fez que não me viu plantada na porta da terapia.
Voltei pensando se deveria ir ou se deveria ir dormir na minha mãe.
Pq é óbvio que o fuá continuaria.

Pensei se afinal de contas vale à pena tudo isso.
Toda essa história que parece um jogo de cartas marcadas.
Todo um caminho de espinhos quando na verdade tudo acabou lá atrás.

Mas sempre penso que tenho que tentar, tenho que aceitar, que mereço.
Mereço até quando?
Queria ser um tico feliz.

Queria saber se tenho uma qualidade nesta história.
Pq acredito que masoquismo não seja a praia dela, então alguma coisa eu ainda devo ter.

Mas o q?

Fui descendo aquelas ruas todas e pensando não só se vale à pena tanto sofrimento neste casamento, mas se vale à pena esta porra de vida, toda errada, desde o princípio.
(NÃO ESTOU PENSANDO EM SUICÍDIO)

Vale?
Não, não vale.
Mas o que se há de fazer?




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